Belém: o que ver, curtir e fazer em 4 dias

Belém foi nosso primeiro destino nesse roteiro de 17 dias pela Amazônia. Lá, açaí e carimbó são levados a sério.

Os paraenses tem o maior orgulho dos dois e zombam do nosso suposto açaí: “aquilo que vocês comem lá, não é açaí”.

O carimbó é uma dança de roda e seu ritmo foi herdado dos indígenas.

Assistimos a um show, durante um passeio de barco ao entardecer, que é feito pela Valeverde.

Ingressos e saída na Estação das Docas.

Passeio de barco ao entardecer. Foto: Júlia Moretzsohn

Belém, foi fundada pelos portugueses em 16 de janeiro de 1616, desenvolveu-se às margens da Baia do Guajará. Foi chamada pelo descobridor e conquistador da Amazonia, Francisco Caldeira de Castelo Branco, de Feliz Lusitânia.

Apesar de ser considerada a capital mais chuvosa do Brasil, não caiu uma gota d’água durante nossa estadia na capital do Pará. Fomos em julho, época da estiagem nessa região do país. O período de secasvai de maio a setembro.

O que fazer em 4 dias em Belém

Dia #1

Nós fizemos a maior parte  desse percurso a pé.

Tomamos táxi apenas da Praça Batista Campos para a Estação das Docas e do Restaurante Palafitas para o Mangal das Garças.

Fonte: Google Maps

1.Tomar café da manhã em uma barraquinha de rua

Tanto em Belém, como em Manaus, notamos ser um hábito comum dessa região. Além de ser gostoso e muito barato, é uma oportunidade para puxar papo e interagir com os locais.

2. Sentar em um banco na Praça Batista Campos

Recebe esse nome em homenagem ao Cônego Batista Campos, importante personagem na Cabanagem (revolta social-popular que ocorreu no Brasil Império) em Grão Pará.

Praça Batista Campos, Belém (PA) (Foto: Júlia Moretzsohn)

3.Visitar o Mercado Ver-o-peso

Ir para Belém e não conhecer o Mercado Ver-o-Peso é como ir para o Rio e não conhecer o Cristo Redentor. Eu, particularmente, adoro mercados. Foi lá que descobrimos que a paixão do paraense é o açaí. O que temos em São Paulo não tem nada a haver com o deles. Com farinha de tapioca ou mandioca, acompanha o peixe frito na bandeja.

Na foto abaixo estou sendo apresentada para algumas frutas da região.

Mercado Ver-o-Peso (Foto: Júlia Moretzsohn)

4. Conhecer a Praça Siqueira Campos ou Praça do Relógio

Entre o Mercado Ver-o-Peso e o  Forte do Presépio você passará por ela.

O monumento do relógio foi encomendado a uma empresa inglesa.

A praça foi  inaugurada em 5 de outubro de 1931 e o seu nome é uma homenagem a Siqueira Campos, um dos combatentes paraenses da Revolução do Forte de Copacabana.

As quatro luminárias que acompanham o visual datam de 1893.

Além da pixação, que pode ser vista na foto, um dos vidros laterais do relógio estava quebrado. Lamentável que isso ocorra e que em um monumento público de uma cidade com tanto peso histórico para o país.

Praça do Relógio, Belém, Pará (Foto: Júlia Moretzsohn).

5. Admirar a linda fachada branca da Catedral Metropolitana de Belém ou Catedral da Sé

De estilo neoclássico e barroco, faz parte do complexo histórico e religioso da velha cidade ou Feliz Lusitânia. Sua construção data de 1741-1771. Parecia recém pintada por fora e em excelente estado de conservação.

Catedral da Sé, Belém,Pará (Foto: Júlia Moretzsohn)
Catedral da Sé, Belém,Pará (Foto: Júlia Moretzsohn).

6. Visitar  o Forte do Presépio

O Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém ou simplesmente Forte do Presépio faz parte do complexo histórico religioso da Feliz Lusitânia.

Núcleo do povoado de Nossa Senhora de Belém, foi construído em 1616, com a finalidade de conter ataques de indígenas e de corsários ingleses e franceses que rondavam a região.

O mais legal do Forte é a vista lá de cima. A cabocla aqui adorou!

7. Descansar nos degraus da escada do fundo da Casa das 11 janelas.

A Casa das 11 Janelas ou Palacete das Onze Janelas ou Museu de Arte Casa das Onze Janelas, foi construído no século XVIII, como residência de Domingos da Costa Bacelar, proprietário de um Engenho de Açúcar. É considerado o Museu de Arte Moderna e Contemporânea mais importante de Belém e do Pará.

Nos fundos da casa tem uma mangueira frondosa, uns degraus para sentar e uma vista relaxante. Na foto não aparece a árvore, mas acredite em mim, está lá.

Casa das 11 janelas, Belém, Pará.

8. Almoçar um filé de filhote no Restaurante Palafitas

Almoçamos no Palafitas porque estava no nosso percurso. Achei um pouco caro, mas valeu pelo filé de filhote. Simplesmente um dos peixes mais gostosos que já provei na minha vida!

O “filhote” é um típico peixe amazônico. Apesar do nome sugerir algo pequeno, essa espécie pode alcançar até 2,5m e pesar até 300kg!!!

Restaurante Palafitas, Belém, Pará (Foto: Júlia Moretzsohn)

9. Dar uma voltinha no Mangal das Garças

O Mangal das Garças fica às margens do Rio Guamá e foi inaugurado em 2005.

Manguezal, mangue ou mangal no Mangal das Garças, em Belém, Pará.
Manguezal, mangue ou mangal no Mangal das Garças, em Belém, Pará (Foto: Júlia Moretzsohn)

Além do manguezal tem: Museu de Navegação, viveiro de pássaros, um restaurante (parece ser muito bom), o Farol de Belém (estava em manutenção quando fomos), borboletário, orquidário, um local chamado ‘Armazém do Tempo’ que estava fechado e parecia estar em manutenção e um viveiro de plantas.

Fica aberto de terça a domingo, das 9:00 às 18h.

Post novo no blog! É sobre a capital do açai e do carimbó. Gostaria de agradecer imensamente as minhas amigas e seguidoras Vera Cintra, Heloisa Aguiar e Rose Leão. Todas paraenses de alma e coração que antes da viagem e durante a nossa estadia, não mediram esforços para darem dicas e conselhos, confirmando a fama hospitaleira desse povo carinhoso e acolhedor. E que sotaque lindo, hein?
www.malaenxuta.com/belem

Mangal das Garças, Belém, Pará (Foto: Júlia Moretzsohn)

Mangal das Garças, Belém, Pará (Foto: Júlia Moretzsohn)

10. Estação das Docas: tomar um sorvete na Cairú, degustar um tacacá, provar uma Amazon Beer e admirar o pôr-do-sol

A Estação das Docas era nosso local predileto para bater ponto no final da tarde e tomar um sorvete na Cairú, eleita a melhor sorveteria do Brasil em 2014. Entre os 50 sabores diferentes deguste o paraense, mistura de açaí com tapioca. Depois me conta o que achou.

Foi lá também que fomos apresentadas ao tacacá, um caldo feito com jambú (deixa a boca levemente adormecida), herança da culinária indígena.

Máquina à Vapor, na Estação das Docas, em Belém, Pará.
Máquina a Vapor, na Estação das Docas, em Belém, Pará (Foto:Júlia Moretzsohn)

Para quem gosta de cerveja é uma ótima oportunidade para provar uma Amazon beer enquanto o sol se põe.

Pôr do sol, na Estação das Docas, Belém, Pará.
Pôr do sol, na Estação das Docas, Belém, Pará. (Foto: Júlia Moretzsohn)

À noite a Estação das Docas fica bem animada e movimentada.

Estação das Docas à noite, Belém, Pará.
Estação das Docas à noite, Belém, Pará (Foto: Júlia Moretzsohn)

Dia #2

11. Tomar café da manhã  na Feira da Praça da República (se for no domingo)

No local, onde é hoje a Praça da Repúlica, foi um terreno descampado onde eram enterrados pobres e escravos.

O nome foi dado devido à troca do regime para República.

Feira da Praça da República, Belém, Pará.

Aproveite para experimentar os deliciosos sucos de frutas naturais, bolos caseiros e roscas de castanhas.

12. Fazer a visita guiada do Theatro da Paz

Depois de passear pela Feira da Praça da República, aproveite para fazer a visita guiada no Theatro da Paz que fica do ladinho. Fique atento com os horários. Chegamos perto da hora do almoço e já ia fechar.

O nome foi conferido pelo bispo da época, Dom Macedo Costa, em homenagem ao fim da Guerra do Paraguai.

Construído na época áurea da borracha é considerado um dos mais luxuosos do país. Foi superado em tamanho apenas pelo Teatro Estadual Palácio das Artes Rondônia.

De estilo neoclássico, foi inaugurado em 15 de fevereiro de 1878.

Teatro da Paz, em Belém, Pará.
Teatro da Paz, em Belém, Pará.
Interior do Teatro da Paz, Belem, Pará.
Interior do Teatro da Paz, Belem, Pará.

13. Pegar a voadeira no pequeno porto, que fica em frente à Praça Princesa Isabel, para Ilha de Combú

As voadeiras (ou lanchas rápidas) saem de um pequeno porto na frente da Praça Princesa Isabel. Demoram cerca de 20 minutos para fazer o trajeto.

Localização da Ilha do Combu, Belém, Pará.
Localização da Ilha do Combu, Belém, Pará.

Na Ilha do Combu almoçar no Restaurante do Careca, conhecer os chocolates artesanais e abraçar a  Samaumeira.

Bar sobre palafitas na Ilha do Combu.
Bar sobre palafitas na Ilha do Combu.

Todo mundo na Ilha do Combú conhece a Dona Nema e seu famoso chocolate artesanal. Peça para um lancheiro te levar lá. Além dos chocolates deliciosos, você terá a oportunidade de abraçar essa bela samaumeira que fica na sua propriedade.

Na Ilha do Combú, a samumeira.
Samaumeira na propriedade da Dona Nema, Ilha do Combú, Belém (PA).

14. Fazer uma caminhada no Portal da Amazônia ao entardecer

Entardecer no Portal da Amazônia, ao lado do Mangal das Garças.
Entardecer no Portal da Amazônia, ao lado do Mangal das Garças (Foto: Júlia Moretzsohn).

Dia #3

15. Conhecer Mosqueiro.

Na Ilha do Mosqueiro existem várias praias de rio.

Os ônibus para lá saem do terminal rodoviário e passam pelas praias. Nós descemos na Praia do Farol.

O percurso demora cerca de 1 hora e meia. Evite os finais de semana.

Mapa mostrando a localização da Ilha de Mosqueiros (Fonte:googlemaps)
Mapa mostrando a localização da Ilha do Mosqueiro (Fonte:googlemaps)
Ilha do Mosqueiro, com praias de rio.
Praia do Farol, na Ilha do Mosqueiro, Pará.

Dia #4

16.Visitar o Espaço São José Liberto-antigo presidio

Inicialmente lá funcionou o Convento de São José, construído em 1749 para dar apoio às missões no Brasil.

Com a expulsão dos jesuítas do Brasil se transformou em olaria, depósito de pólvora e hospital. Durante 150 anos foi Cadeia pública e presidio. Em 2002 se tornou o Espaço São José Liberto onde funciona o Museu de Gemas do Pará, pólo joalheiro e ourivessaria.

Antigo presídio, Belém, Pará.
Espaço São José Liberto, Belém, Pará.

De Belém pegamos uma embarcação regional para Santarém. Uma experiência apocaliptica.

Fontes:

  • wikipédia
  • https://portalmosqueiro.jimdo.com/hist%C3%B3ria-de-mosqueiro/

Leia também:

 Amazônia: um roteiro e uma mala enxuta para 17 dias

Subindo o Rio Amazonas: de Belém a Santarém de embarcação

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Obrigada pelo comentário. Prova de que você esteve por aqui (rs). Bjão!

 

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6 respostas

  1. Fernanda estava mesmo pensando em conhecer Belém e o seu roteiro tá show!
    Valeu!!
    4 dias então da tranquilo pra conhecer bem?
    Bjs

    1. Oi Luciane,

      Eu achei que 4 dias deu para dar uma geral legal em Belém. Fique esperta com o quesito segurança, viu? Tudo foi muito tranquilo com a gente, mas o pessoal de lá nos advertiu muito para tomarmos cuidado com o celular,evitar sair à noite, etc. Cê sabe, né? Coisitas que estamos acostumados nessa nossa terrinha tupiniquim. Boa sorte e boa viagem! bjs

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