Existe mais de uma China. E a segunda não é comunista. É bela. Formosa. E tem um parque nacional, o Taroko, de tirar o fôlego e arrepiar a alma.
A ilha de Taiwan foi descoberta pelos portugueses que a denominaram de Ilha Formosa.
Depois passou para o domínio dos espanhóis e, posteriormente, dos holandeses, até ser ocupada pelo Império Chinês.
Após a derrota chinesa na guerra sino-japonesa, foi anexada pelo Japão, a título de indenização, pelo Tratado de Tientsin (ou Tianjin), situação esta que perdurou até o final da Segunda Guerra Mundial.
Com a rendição incondicional do Japão, em 15 de agosto de 1945, a ilha de Taiwan retornou ao controle da República da China, cuja formalização se deu mais tarde, pelo Tratado de Paz de São Francisco em 1951.
Depois de perderem a guerra civil contra as forças comunistas de Mao Tsé Tung, os nacionalistas e seu líder, o General Chiang Kai-Shek, se refugiram na ilha, lá estabelecendo a sede administrativa do governo da República da China. Por isso que também é conhecida como a Ilha Rebelde.
Vou deixar registrados aqui apenas os lugares que mais gostei de Taiwan. Para detalhes e informações práticas sugiro ler os mega detalhados posts da Ellen e Rafael, clicando em http://milapelomundo.weebly.com/taiwan.html. Também indico o hostel em que me hospedei, o de Taipei.
Jiufen- um pequeno povoado montanhoso
Jiufen, Taipei
Foi bizarro chegar nesse lugarejo. No hostel me deram as instruções de como encontrar o ponto do ônibus que me levaria até Jiufen. O retorno foi mais patético ainda. Sem querer, acabei pegando um ônibus diferente do da ida, mas que me facilitou ainda mais a vida me deixando mais perto do hostel. Não se preocupe, o aplicativo maps.me e os gentis taiwaneses te darão o suporte logístico necessário para achar o vilarejo. Eu consegui. Você também conseguirá.
Me lembro que o dia estava cinzento, mas esse detalhe pouca diferença fez diante das emoções gastronômicas que aconteciam nas ruelas de Jeufen.
Scorcese e sua equipe, percorreram o país à procura de cenários para seu filme ‘Silêncio”. Foi em Jeufen que várias cenas foram rodadas.
Maokong-gondola, templo e chá
Nem toda gôndola é uma embarcação. Nesse caso, era um teleférico que transportava para o topo de uma montanha onde, outrora, localizava a área de maior cultivo de chá de Taipei, chamada Maokong. A produção ainda continua. Casas de chá aos montes, com belas vistas da região.
No meio do caminho, não deixe de descer da gôndola para conhecer o Templo Chi Nan.
Templo Chi Nan
Termas de Beitou
Essa cor esverdeada é do enxofre. A temperatura da água das fontes do Vale Termal de Beitou, nos arredores de Taipei, pode atingir até 90C. Tem propriedades medicinais.
Tem piscinas públicas também. É preciso pagar uma taxa para ficar imerso.
Memorial do Chiang Kai-shek
Erguido em homenagem ao ex-presidente Chiang Kai-Shek. Tive a sorte de chegar lá no final da tarde. Estava ocorrendo o cerimonial de arriação da bandeira nacional. As luzes do complexo acendem e o visual fica bem bacana.
O Teatro Nacional e a Ópera Nacional de Taiwan ficam na mesma estrutura, então se quiser visitá-los fique atento aos horários de funcionamento.
Parque Nacional de Taroko
A base para conhecer o Taroko é a cidade de Hualien, que fica a umas duas horas de trem de Taipei. Você já tinha ouvido falar sobre esse lugar? Eu não, até pesquisar sobre Taiwan. Tive a lucidez de deixar dois dias inteiros para visitar o parque, mas uns três dias inteiros ou mais, não seria exagero. Um mini-bus, do lado da estação de trem, faz o trajeto de Hualien até Taroko. O custo é de 250 dollars taiwaneses (uns 30 reais), ida e volta. Faz paradas em vários pontos de onde partem as trilhas, para todos os gostos, tamanhos e preparos. Algumas demoram 20 minutos, outras 7 horas.
Em Hualien, além do parque, tem o lado do oceano, que dá para ir de bike da cidade, com entusiasmo e vontade. O mini-bus que faz o trajeto para Taroko tem uma parada em uma das praias também.
Um hostel na medida certa
Quando indico alguma hospedagem é porque gostei muito. No entanto, aviso: tenho um perfil de viajante que pode não ser o seu. Fica esperto (a).
Quando viajo sozinha prefiro ficar em hostels, de preferência em quarto individual, com banheiro privativo. Pelos seguintes motivos: é mais sensato economicamente, ótimo para sociabilização e simples, como gosto. Mas nem sempre isso é possível, como foi o caso de Taipei. A localização era ótima, próxima da estação de trem, metro e rodoviária. Relação custo-beneficio excelente. Ambiente jovial e descontraído, no entanto, não havia vaga para os quartos individuais e só havia banheiros coletivos. Ignorei os pontos não tão a contento e me firmei nos prós. Mas, confesso, fui com um pé atrás. A cama ficava em um quarto coletivo, mas de certa maneira, isolada. Esse tipo de acomodação é chamado de cápsula.
A hospedagem se chama Youth Hostel & Capsule Hotel e a reserva pode ser feita pelo booking.com
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Me siga no insta @malaenxuta também! Gratidão
2 respostas
Mulher “quando eu crescer” quero ser igual você….. amo viajar com seus posts e me sinto inspirada…. ainda não consigo ir tantas vezes, mas tenho ido mais do que imaginaria ser possível e você é uma inspiração pois temos interesses parecidos e uso da sua experiencia para me orientar. Depois de conhecer sua filosofia de “mala enxuta” consigo viajar sem me preocupar em levar tantas roupa para “se precisar”…. Aprendi e aprendo muito com você.
Detalhe, hoje fiz post no blog, mostrando nossas malas imensas e citei teu blog justamente como inspiração. Ainda não reduzi o tamanho da mala para conter os custos…Po enquanto os gastos foram focados nas passagens, estadia e comida….rsrs
Gratidão!
Grata a você amiga! Procuro se minimalista em tudo na vida, viajar com pouco faz parte do script rs. No momento tenho focado mais na “bagagem interior”, tentando buscar maneiras de levar as situações que aparecem com mais leveza, já que tudo é passageiro (anicca), menos o motorista e cobrador kkkk. Bom tê-la por aqui e muito obrigada por citar o blog. Preciso de estímulos para continuar postando. Sério. A preguiça está enorme. bjão